Tenho um amigo que há uns anos tinha uma técnica infalível para “engatar gajas” (desculpem o termo, mas uso as palavras dele). Ele gostava de ir passear com a sua miúda, não uma das tais, mas a sua filha que naquela altura ainda andava na creche. Ele contava-me que bastava colocar-lhe um vestidinho todo janota, e os olhos delas caíam todos nela (e nele). De peito cheio, dizia-me: “melhor que a minha filhinha, só a minha filhinha e um cachorro”. Os anos passaram, a filha cresceu, e acabou por nunca ter um cão.
Os filhos quando são pequenos, são facilitadores na socialização dos pais.
De férias em Cuba, uma das minhas filhas diz-me assim:
– Papá já arranjei uma amiga.
– Quem é?
– É aquela menina ali, que está com os pais.
Claro está que a partir desse momento, também eu arranjara novos amigos. Guardo com especial carinho o momento da véspera de voltarmos para Portugal. Duas horas na água a 30 graus. Guiados pelas 3 meninas (as minhas e a deles), conversámos e brincámos como elas.
No aeroporto aquando do check-in:
– Já agora, têm aqui o meu cartão de visita, se porventura um dia quiserem vender um imóvel, ou conhecerem alguém que o queira fazer, teria muito gosto em ajudar.
– Quem sabe não falaremos…
Ontem, vi um apartamento único para o mercado do concelho da Maia. Estou confiante que teremos novidades breve.
Por vezes, sem darmos conta, temos uma oportunidade fantástica à nossa frente, ou a agarramos, ou ela voa.