(na continuação do texto de ontem)
Passados 15 dias… ao telemóvel…
– (…) liguei porque gostava que soubesse que as minhas filhas adoraram uma limonada que eu lhes fiz. Essa limonada foi feita com o sumo dos limões que o Sr. me deu, recorda-se?
– Olhe que são biológicos.
– Eu sei, o Sr. disse-me.
– Tudo o que tenho no terreno não tem produto, neste momento estou a plantar grelos.
– Vamos fazer um acordo? Se eu lhe arranjar um comprador para o terreno, dá-me 1kg de grelos?
– Até lhe dou um saco cheio.
– Posso passar aí e conversarmos de novo, desta vez com mais calma?
No dia seguinte o Sr. vendedor ainda tentou o preço, mas revelou-se mais compreensível e aceitou a minha sugestão. Com o contrato de mediação imobiliária assinado, demos início à promoção. Poucas semanas depois um contrato-promessa fora assinado, há 3 dias a escritura.
Absorvo vários factos com esta história, nomeadamente evidenciar que no fim da escritura várias pessoas sorriam. Os compradores cuja relação sempre foi muito cordial; os filhos do Sr. vendedor que reconheceram o valor da relação mantida com o pai; por fim, a mais importante, ver o meu amigo descontraído e com os olhos a sorrir.
A ele, o meu profundo agradecimento.