Há cinco dias colocámos no mercado dois pequenos lotes de terreno no concelho de Gondomar. Por cada lote, uma futura casa. Quatro horas depois, recebo uma chamada de alguém a manifestar interesse. Do outro lado, uma voz feminina, uma voz feliz, uma voz revigorante.
À medida que a conversa se desenrolava, ia descobrindo uma outra voz ao lado dela.
Boa tarde, ouço alguém desse lado. — Lembro-me de me expressar assim.
O telefonema tinha agora 3 vozes, uma voz masculina, uma voz entusiasta, uma voz cúmplice e ao lado da feminina.
A propósito, porque manifestam interesse no terreno? — Perguntei eu para validar o que intuía.
Aquele terreno, era o futuro daquele casal. A casa deles. O lar deles. O sonho deles. Desde um simples papel “no hoje”, até ao rodar das chaves “no amanhã”, vão muitos passos, ontem foi dado mais um (contrato-promessa).